Lenda dos Azulejos Trás os Montes

O Castelo de Algoso é um castelo medieval nas povoações de Algoso, Campo de Víboras e Uva, município de Vimioso, no Distrito de Bragança. O Castelo de Algoso é uma das mais importantes fortificações medievais na parte este de Trás-os-Montes, relacionado com as Batalhas de Leão, as tentativas políticas de manutenção da monarquia independente portuguesa e a importante comenda religiosa dos Cavaleiros da Ordem Hospitalária, cujas raízes estabeleceram em 1224.
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O Castelo de Bragança, um dos exemplos que mais caracteriza a arquitetura medieval, foi construído em 1409 mediante ordens do rei D. João I, apesar das suas fundações datarem desde o início do reinado de D. Afonso Henriques. Formado por um imponente portão e paredes duplas, tem feito face às imposições de tanto tempo desde que foi erigido. A praça central, conhecida por cidadela ou cidade antiga, é onde se localiza a Igreja de Santa Maria e a Domus Municipalis que mantêm o seu aspeto medieval com as ruelas estreitas e sinuosas e pequenas casas caiadas de branco. Do lado interno do portão, cuja largura é de 17m e a altura de 33m, é possível avistar características góticas de destacar as ameias, janelas com gradeamento e os braços de pedra talhada da Casa Real de Aviz, fundada pelo rei D. João I. No interior também se encontra o Museu Militar. Vale, sem dúvida, a pena ir até ao topo para apreciar a vista e a envolvência dos campos repletos de arvoredo. A muralha é completada por 15 torres e 3 pórticos de acesso. A Torre da Princesa, que outrora pertencia à Casa dos Alcaides, protagonizou uma lenda na qual se diz que uma princesa foi tomada prisioneira no interior desta mesma torre. Existe também a Porta da Vila que permite o acesso dos visitantes ao Castelo.

Aldeias de Granito de Trás-os-Montes

Desde a chegada dos Celtas, Gregos e Fenícios à horda invasora de Visigodos, Vândalos e Suevos, pessoas de todo o continente procuraram invadir e lutar por Portugal desde o primeiro milénio antes de Cristo. Na verdade, a capital portuguesa é uma das cidades mais antigas do mundo, apenas atrás de Atenas. Graças a esta longa e complexa história, o país ficou repleto de cidades medievais, fortalezas e aldeias recônditas que parecem saídas de um manual de História. As aldeias históricas de granito e xisto preservam as memórias das antigas conquistas, tradições e são um ponto-chave que torna as paisagens tão distintas, assim como a herança cultural e a simpatia dos que nela habitam. Até ao dia de hoje, muitas destas permanecem intocadas e permitem teletransportar os seus visitantes aos tempos medievais. Para além disto existem ainda vestígios da permanência e fixação de Cristãos-Novos. Situadas no topo de montanhas, e ao longo de alguns rios, estas podem ser vistas de longe, graças às suas torres elevadas e castelos medievais; daí estarem estrategicamente alinhadas ao longo da fronteira. Os reis e senhores proprietários de terras, sabiam que assim estariam seguros. No entanto, isso nem sempre estava assegurado. Mouros e Cristãos, Espanhóis e Portugueses, todos tentaram assumir o controlo e cada qual conta com uma história própria e de antiguidade notável. Hoje a paz impera e prova disso reside nas pedras da calçada e nas casas de Portugal mais puro: a autenticidade de um povo que habita um país com mais de 900 anos de história.

Casa de Mateus

Conhecida por ser representada nas garrafas do Vinho Mateus Rosé, a Casa de Mateus, que data do século XVIII, é uma das maiores obras-primas barrocas do país, cujo projeto se crê ter sido levado a cabo pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni. As alas de granito do palácio abrigam um pátio incrustado de líquen, dominado por uma escada ornamentada e guardado por estátuas no telhado. Em redor do palácio, existe um jardim saído de uma fantasia, com pequenas sebes, estátuas delicadas e a fragrância dos ciprestes dispostos em túnel que refrescam os dias mais quentes. No interior, a biblioteca contém uma das primeiras edições ilustradas D’Os Lusíadas, uma das mais épicas obras poéticas portuguesas, ao passo de que outras das restantes salas contêm artefactos religiosos, incluindo uma coleção de 36 relíquias macabras trazidas do Vaticano no século XVIII: um pedaço de unha sagrada, um par de globos oculares beatificados e um verdadeiro pedaço da Cruz- cada um como o selo de autenticidade do Vaticano.
A Raça Barrosã é nativa do país e é conhecida pelos seus grandes chifres, cujo comprimento pode chegar aos 100 cm. São dos habitantes mais antigos destas terras do norte do país e pastam livremente nos campos verdes e pantanosos, cujas condições são vitais para que aí prosperem. Raça apreciadora de natureza no seu estado mais puro, contribuem de forma considerável na preservação da biodiversidade da região e para a sustentabilidade económica do espaço rural em que se encontram. Durante o início do século XX, esta raça era bastante numerosa, com mais de 200 000 animais registados. No entanto, a revolução industrial introduziu novas máquinas e raças (mais) comerciais (com maiores índices de produtividade de carne e leite), de modo que os animais da raça barrosã foram diminuindo sem precedentes até que, em 2005, apenas existiam cerca de 7 000. A proteção da Carne Barrosã, que conta com a Denominação de Origem Protegida (DOP), contribui de forma significativa para a preservação deste símbolo nacional e um sucesso da economia local. A carne Barrosã apresenta um tom avermelhado, vivo e marmoreado. A conjugação das características genéticas associadas a um plano alimentar exclusivo à base do leite materno, pastagem e grãos permite que a infiltração dos ácidos gordos se dê precocemente no interior das fibras musculares, conferindo à carne uma suculência, suavidade e sabor únicos, cujo reconhecimento se assume a nível internacional.
A Ponte Romana e as termas são ícones de Trás-os-Montes e algumas são bastante conhecidas ao longo do distrito de Vila Real. Chaves, ou “Aquae Flaviae” como era chamada no período romano, é um lugar de charme e harmonia, que cativa a cada passo e, juntamente com a (ainda operacional) ponte romana, ruelas estreitas (algumas sem saída) de acesso ao centro histórico culmina nas margens do Rio Tâmega. Em cada canto se pode experienciar a história antiga e de uma grande riqueza da cidade, cuja gastronomia é também de excelência a nível dos vinhos e carnes.

Vila Flor

Mais de 500m acima do nível das águas do mar, o município de Vila Flor é repleto de campos vinícolas, que assumem o protagonismo ao nível da paisagem, olivais e pequenos arbustos de Urze e Alecrim. Antigamente, a cidade era conhecida por Póvoa de Além-Sabor, até à visita de D. Dinis, que ficou tão encantado com a beleza circundante da área que lhe deu o nome de Vila Flor, ordenando a construção de muralhas à sua volta (apesar de atualmente o único vestígio dessas ser o portão sul ou Porta de D. Dinis). O nome do condado é referido pela primeira vez em carta, a 24 de agosto de 1286, concedida por D. Dinis que, aquando da criação da vila, mandou erigir um troço muralhado com 5 portões em arco acima descrito.

Castelo de Chaves

Localizada em área fronteiriça, Chaves foi o cenário em diversas batalhas decisivas. Foi construído no século IX, antes da fundação de Portugal, durante a Reconquista Cristã e reconstruído durante os reinados de D. Afonso III e D. Dinis (altura em que o Portão de Chaves, que ainda hoje se encontra, foi concluído). Durante o reinado de D. Afonso Henriques, o Castelo foi conquistado e mantido sob domínio português. Foi tomado pelos Castelhanos cerca de 80 anos, pelo que foram necessários 10 anos para que fosse recuperado por Portugal. Um dos momentos mais importantes desta fortificação medieval foi a sua tomada pelo rei D. João I. Durante a Crise de 1383-1385, o Alcaide Flaviense, que se havia jurado leal ao rei de Castela, recusou render-se ao rei de Portugal. Após meses intensos de saque e combate, as forças armadas, munições e mantimentos escasseavam. Até que o alcaide Martim Gonçalves de Ataíde se rendeu, finalmente. No entanto, este apenas o fez após o terem autorizado a deslocar-se a Zamora para implorar por perdão ao Rei de Castela, face ao empenho e honra que havia demonstrado; como garantia Ataíde deixara o seu filho nas mãos de D. João I. Os dois fortes, ambos construídos nas Guerras de Restauração, formam quadriláteros reforçados nos ângulos por baluartes. Atualmente, encontram-se preservados troços das muralhas. Da construção da Era de D. Dinis, resta apenas a torre de vigia que alberga o Núcleo de História Militar.
A Domus Municipalis é o único exemplo vivo que resta da arquitetura civil romana e é sem dúvida um local a não perder de quem visita em Bragança. Em forma de pentágono irregular, contém uma cisterna. O tipo de material usado, a pedra, é pouco usual na construção de infraestruturas deste género. Este tipo de infraestruturas era normalmente construído em madeira dado que nem os habitantes locais, nem as autoridades do estado eram dotadas dos meios financeiros necessários para projetos com essa escala. No que diz respeito à decoração, eram colocados medalhões a toda a volta das cornijas (internas e externas) e algumas delas representavam cenas do imaginário romano. O interior era espaçoso com zonas para sentar ao longo dos corredores sendo que o principal se bifurcava tendo duas portas de acesso. As janelas estavam envoltas de molduras simples, exceto as 7 que estavam embelezadas por um padrão estrelado. No topo, figura um telhado de mansarda, colocado aquando da grande restauração que foi alvo no século XX.

Estátua da Porca em Murça

  Murça é uma vila no distrito de Vila Real, no norte de Portugal. Conhecida pelas vinhas e olivais, esta vila preserva traços de tempos antigos, mantendo tradições antigas da caça, da confeção do cozido de cabrito e do bacalhau que não faltam na mesa e as festividades de caráter religioso. Na praça principal da vila encontra-se a estátua de pedra da Porca de Murça, que atrai imensos olhares curiosos. É protagonista de uma lenda e nome escolhido para um dos mais aclamados e antigos vinhos tintos da região do Douro (a marca já é produzida há mais de 85 anos).
Reza a lenda que no ano de 770, caçadores da região depararam-se com um enorme urso selvagem na região montanhosa onde se encontravam, o que acontecia bastantes vezes, infelizmente. Nem sempre sabendo de que animal se tratava e que tanto lhes infernizava a vida, a população vivia uma vida de medo e incerteza.

Ponte da Misarela

  A Ponte da Misarela, também conhecida por Ponte do Diabo/ Inferno, é um dos mais interessantes pontos de visita do norte de Portugal. A ponte possui um arco ligeiramente pontiagudo e a sua altura atinge os 13 metros. É medieval e foi construída no início do século XIX (antes das Invasões Francesas), sendo o cenário protagonista de uma série de mitos, lendas e rituais antigos. Localiza-se sob o rio Rabagão, a menos de 1 km da sua foz, no rio Cávado. Esta faz a ligação entre o Minho e Trás-os-Montes, Vieira do Minho e Montalegre, nas aldeias de Ruivães e Ferral, respetivamente. Ainda que brevemente reconhecida como uma das maiores atrações do Gerês, esta ponte fica fora do Parque Nacional Peneda-Gerês, ainda que a menos de 1 km da fronteira. A ponte foi construída e reconstruída no final de um desfiladeiro íngreme, circundada por colinas enormes e a uma considerável altura do rio, numa área florestal densa. Segunda uma lenda, um dia um homem voou desalmadamente pela região (em algumas versões é referido como um nobre, noutras como um fugitivo da lei). Assustado, caminha ao longo dos trilhos de floresta densa até chegar aos penhascos do rio. Vendo que não havia maneira possível de atravessar o rio e temendo que o apanhassem, evocou o diabo, pedindo-lhe ajuda na travessia da ponte (não sem antes lhe ter oferecido a sua alma em troca). Nesse momento, o diabo aparece e aceita a proposta fazendo uma ponte para que o homem atravessasse. Após a travessia, o diabo ajuda-o a escapar, fazendo a ponte desaparecer consigo. Uma série de anos depois, e quando este mesmo homem já se encontrava às portas da morte, o diabo reaparece, para recolher aquilo que este lhe havia prometido. Tremendamente assustado e (ainda mais) arrependido, o sujeito tenta quebrar o pacto, chamando o padre para lhe contar todo o sucedido e em busca de perdão. O padre decide ajudá-lo e para isso desloca-se ao lugar onde tudo começou. Movido pela fé, o padre disfarça-se de camponês e invoca o diabo tal como o homem havia feito, proferindo o seguinte: “Por Deus das águas puras do Rabagão ou pelo Diabo das pedras negras, que aqui apareça uma ponte de pedra”. Foi neste momento que o diabo apareceu e, tal como antes, fez aparecer uma ponte. Enquanto o “falso” camponês atravessava a ponte, o diabo esfregava um olho e então o primeiro tirou água benta que trazia escondida debaixo do seu manto e atira-a para o diabo enquanto grita um exorcismo! O diabo, assustado, desaparece aos tropeções, esfumando-se no ar, deixando para trás a ponte do Diabo ou a Ponte da Mizarela.
O Carvalho-Negral (Quercus pyrenaica) é uma presença constante nas paisagens montanhosas de Trás-os-Montes; sendo nas áreas montanhosas da Nogueira e Montesinho que se encontram as maiores extensões florestais com esta espécie na Península Ibérica.
O Carvalho de Calvos, também se encontra nesta região. É o mais velho carvalho europeu de que há registo e localiza-se na aldeia de Calvos, em Póvoa de Lanhoso. Estima-se que tenha cerca de 510 anos e em 2015 media 30m de altura e tem um diâmetro de 7.62m no tronco e de 37m na copa. É considerado o carvalho mais antigo da Península Ibérica.

Castelo de Vinhais

  O Castelo de Vinhais é medieval e fica próximo de vinhais no distrito de Bragança. Dada a sua proximidade ao (outrora) Reino de Castela, foi influenciado pela sua arquitetura prevalecente. No entanto, a ocupação humana na região data deste o período pré-histórico. Os primeiros hominídeos deixaram para trás inúmeros vestígios arqueológicos, incluindo arte e figuras rupestres, monumentos megalíticos (dólmenes) e fortalezas. Vinhais era originalmente uma fixação Galega que funcionava como centro ocasional no estabelecimento de trocas comerciais. Após a entrada romana da Península Ibérica, a cidade tornou-se numa fortaleza Galego-Romana. Tal justifica-se graças ao aparecimento de moedas romanas, ruínas de edifícios da antiga cidade romana de Veniatia e troços remanescentes da via romana que estabelecia a ligação entre Braga e Astorga (Asturica Augusta). Também Suevos e Visigodos se estabeleceram na localidade, ao passo de que, alguns séculos mais tarde, os Mouros invadiram a Península Ibérica o que resultou num aumento do número de castelos. O próprio Castelo de Vinhais, resultou das inúmeras tentativas de apropriação das quais o território de Trás-os-Montes foi alvo, mediante ordens diretas do rei para que se tornasse uma zona mais atrativa e onde o trabalho era bem organizado. A primeira tentativa para estabelecer este polo urbano foi levada a cabo aquando do reinado de D. Sancho II, mas foi apenas no reinado de D. Afonso III que se consolidou. Durante o reinado de D. Dinis, vigorava o sistema militar de Vinhais, nessa época existia uma cerca com 5 ou 6 torres, cuja porta principal era ladeada por duas destas, numa composição harmoniosa e simétrica que caracterizava a arquitetura urbana da época. O Castelo de Vinhais teve um papel de destaque no século XIV, aquando do atribulado reinado de D. Fernando que foi seguido de uma revolução. Entre 1369 e 1371 foi ocupado por tropas de Castela e 12 anos depois, o seu Alcaide alia-se às forças espanholas. A condição periférica da fortaleza, reforçada pela extrema proximidade ao Reino de Castela, com o qual partilhava rotas de fácil acesso, possibilitando uma maior ligação dos lordes senhoriais com os invasores. O que se tornou a repetir em 1397, altura em que o Alcaide João Afonso Pimentel se rebelou contra o monarca D. João I e se aliou à causa de Castela, sendo que o Castelo apenas voltou à posse nacional em 1403. O Castelo de Vinhais foi classificado de Monumento Nacional em 1947.

Alentejo – fortemente influenciado pela cultura Mourisca

Os Árabes chegaram ao Alentejo no século VIII e dominaram até 1249 quando a Reconquista permitiu que estas terras ficassem sob o domínio português. Este período caracterizou-se por uma forte aprendizagem e pelo fomento das artes, com a introdução dos azulejos de cerâmica decorados, a tecelagem de tapeçarias e carpetes, peças de pele genuína e trabalhos de joalharia. Hoje, as ruas estreitas e os becos empedrados repletos de casas caiadas de branco, uma das características que mais distingue as aldeias fortificadas do Alentejo, são um dos legados dessa época. Um dos mais conhecidos vestígios mouriscos é a Igreja de Mértola, onde as colunas estreitas, as portas islâmicas em forma de “buraco de fechadura” e os traços arquitetónicos remetem para o facto de ter, outrora, sido uma mesquita do século XII. Os Mouros deixaram, também, a sua influência cultural nos nomes das terras, linguagem e alimentos. Muitas palavras de origem árabe permanecem ainda no vocabulário português. De destacar as palavras: Bairro, cabide, sofá, marfim e almofada. Oxalá – deriva de insha’Allah.” Muitos dos nomes das cidades a sul do Tejo possuem nomes de origem Romana ou Árabe. Ficaram também vestígios de edifícios, como os castelos em Alcácer e Moura, e a única mesquita (que ainda permanece de pé) em Mértola. Pelo Alentejo e Algarve, é possível avistar o belíssimo design das chaminés esculpidas e trabalhadas das casas. A Cataplana, a panela de pressão de cobre em forma de bivalve, cuja forma relembra a Tagine marroquina, é também um símbolo da gastronomia do sul de Portugal. Os Mouros trouxeram para Portugal limões, coentros (que é sobretudo usada na gastronomia do sul do Tejo) e passas de uva.

CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

  O Convento de Nossa Senhora da Conceição foi fundado pelos primeiros Duques de Beja, D. Fernando e D. Brites, pais da Rainha D. Leonor e do Rei D. Manuel, e foi um dos conventos mais ricos do sul do país. Atualmente, o Museu Regional de Beja, ou Museu Rainha D. Leonor, está lá instalado e é constituído por importantes coleções, com principal enfoque para as de azulejos, arte sacra, pintura e arqueologia.

O Sudoeste Alentejano e o Parque Natural da Costa Vicentina

  Formam a extensão costeira que melhor está preservada em toda a Europa; estende-se por 100 km, desde Porto Covo no Alentejo até ao Burgau no Algarve. Incluem várias espécies únicas de fauna e flora e recebem a visita de zoólogos e botânicos de todos os cantos do mundo. A paisagem é marcada pelos penhascos íngremes, cuja erosão ao longo dos séculos lhes conferiu uma série de formas e cores. Inúmeras espécies de aves podem ser avistadas, de entre as quais águias pesqueiras raras. A espécie mais rara é a cegonha-branca, uma vez que é o único local do mundo em que nidificam. Outra raridade é a lontra, dado que este é o único local do país e um dos últimos na Europa em que se encontram em habitat marinho. A flora inclui o maior número de espécies prioritárias em Portugal, incluindo espécies indígenas como a Biscutella Vicentina ou o Plantago Almogravensis. As praias são particularmente populares entre a comunidade surfista e são das mais apreciadas no país. A variedade de praias é tremenda, incluindo longos areais e pequenas praias metidas entre penhascos e rochas. A lista é longa e inclui as praias de Porto Covo, Malhão, Vila Nova de Milfontes, Almograve, Monte Clérigo, Arrifana e a Praia do Amado. Se tiver vontade e energia para explorar, pode descobrir uma série de praias recônditas, de beleza intocada e de difícil acesso. São sem dúvida dias bem passados a apreciar as belas praias e o por do sol, a visitar as pequenas cidades e vilas costeiras e a degustar a maravilhosa gastronomia portuguesa emparelhada com excelentes vinhos da região.

O Castelo de Sines

  Este castelo medieval foi alvo de inúmeras ações de restauro ao longo dos anos, localiza-se na cidade de Sines, na qual existe um importante porto de pesca (e o mais profundo do país). O local era um ponto natural de vigia e defesa costeira. Do castelo primitivo permanecem ainda as muralhas com ameias e torreões, a torre de menagem e as janelas, bem como o palácio do comandante militar. Na sala de armas avistam-se interessantes pinturas de armaduras, troféus de guerra e o escudo real de Dom João V. O Castelo de Sines foi classificado Propriedade de Interesse Público em 1933.