Entre num lugar onde cada detalhe é pensado de corpo e calma, sem descurar a criatividade e o amor. A nossa história inicia-se com o design inspirador dos azulejos, uma obra-prima da autoria da Maia, filha do Patrick e da Simone. O gosto e admiração pela riqueza e virtuosidade do azul e do amarelo, cores proeminentes em Portugal, durante o século XVIII, tornaram-nas na nossa imagem de marca.
De nome Meraki, pronunciado “Mehrahkey”, abraça a essência de nós mesmos. Mais do que uma palavra, significa fazer algo, colocando a nossa alma no processo; isto é fazer algo de corpo e alma, com criatividade, esforço e muito amor. Procuramos traduzir este conceito num propósito digno, infundindo-o em cada aspeto do nosso trabalho no Refúgio da Quinta Nere Maitia.
O Refúgio é o nosso sonho mais antigo, agora tornado realidade com dedicação e paixão. A Quinta, um paraíso que encontramos, há quase 3 anos, é como que a tela na qual desenhamos as emoções que temos sentido com o desenrolar deste projeto. Com o Meraki, não nos limitamos a construir um refúgio, mas a criar uma experiência imersa em autenticidade.
Os nossos corações enchem-se de gratidão perante os indivíduos talentosos que se vieram a juntar ao Patrick e à Simone, ao longo do percurso. Artesãos, artistas, arquitetos, carpinteiros, engenheiros, entre tantos outros inúmeros criativos que assumiram uma crescente importância no projeto, ao longo dos últimos 2 anos e meio.
Deixe-se envolver na beleza dos azulejos pintados à mão e na história de dedicação e mestria de cada um. Junte-se a nós e aprecie o culminar do Meraki no Refúgio Quinta Nere Maitia— um lugar onde o amor, a criatividade e a alma se interligam para a criação de uma experiência única.
Igreja de Santo Agostinho da Graça em Santarém: Túmulo de D. Pedro de Menezes e Pedro Álvares Cabral e da sua esposa D. Isabel de Castro
Ao entrar na igreja, mesmo na parte direita da cruz (lado da Epístola), assente em oito leões, fica o túmulo partilhado de D. Pedro de Menezes, neto do fundador, e da sua esposa, D. Beatriz Coutinho, cujas figuras esculpidas se encontram de mão dada, tal como os túmulos do Mosteiro da Batalha. Para além dos elementos florais e heráldicos, a decoração do túmulo conta com réplicas que figuram o seu ditado: um ramo de oliveira-brava e a palavra “Aleo”, que remete para o orgulho no espírito guerreeiro daquele que em 1415 participara na Conquista de Ceuta e, mais tarde, se tornou governador da cidade. De frente para o altar, no lado sul, encontra-se o túmulo raso daquele que descobriu o Brasil, Pedro Álvares Cabral, e da sua esposa, D. Isabel de Castro, a quarta neta (a nível de número de gerações) do fundador desta obra.
Os Campinos são proprietários de uma série de quintas de exploração de gado e considerados os Cowboys de Portugal. Até aos dias de hoje, trabalham nas explorações de gado tal como os seus antepassados, os Lusitanos, fazendo uso dos métodos tradicionais que estes foram passando ao longo de gerações. O seu trabalho é uma mais-valia para muitas das maiores propriedades de exploração de gado em Portugal – especialmente nas regiões do Ribatejo e Alentejo – pelo que são muitas das vezes priorizados estes métodos tradicionais, ao invés do uso de maquinaria.
Estas incríveis competências dos Campinos não se encontram nos livros, não são ensinadas em cursos e muito menos se encontram documentadas em DVD ‘s ou vídeos do YouTube. São, sim, passadas ao longo de gerações, de pai para filho, ou de tio para sobrinho. Ao momento, existem ainda 25 quintas que ainda empregam Campinos; a sua maioria na região do Ribatejo e, algumas no Alentejo. É um estilo de vida que é conjugado com o trabalho admirável que estes homens levam a cabo; são excelentes cavaleiros e criam laços duradouros com os seus cavalos, que se tornam nos seus melhores amigos (e colegas de trabalho!).
Os cavalos não têm as condições mais luxuosas que alguns possuem hoje em dia, no entanto vivem uma vida feliz e completa. Poderiam, sem qualquer dúvida, desempenhar as tarefas de guardadores de gado sozinhos, dado as suas capacidades inatas e espírito de iniciativa do qual são dotados.
As raízes da Equitação de Trabalho
Agora um desporto internacional, a “Equitação de Trabalho” – fundada em Itália, Portugal, Espanha e França – foi desenvolvida com o intuito de preservar os passeios tradicionais no campo, trabalho de quinta, tradições culturais, vestes típicas e adereços de cada país.
É um desporto entusiasmante de assistir e cuja ideia principal passa em demonstrar a cooperação e confiança entre o cavalo e o cavaleiro. É uma combinação de “Dressage” e dos obstáculos naturais que refletem as atividades levadas a cabo no campo, às quais se alia o uso da garrocha para trabalhar com o gado. A Equitação de Trabalho promove a boa equitação e tem sido descrita como “Dressage funcional”, cujo objetivo é estabelecer uma relação de funcionalidade entre ambas as partes envolvidas. Este desporto tem vindo a conquistar, rapidamente, popularidade em todo o mundo.
Os Cavaleiros Templários
O Convento de Cristo era a sede dos Cavaleiros Templários, localizada na cidade de Tomar. Esta ordem semi-religiosa de elite foi fundada em 1119, durante as Cruzadas. Mediante a orientação de Gualdim Pais, o visionário Grande Mestre dos Cavaleiros Portugueses, a ordem iniciou a construção de um castelo no topo de uma das colinas de Tomar, por volta de 1160. O design da famosa Igreja “da Rotunda” inspirou-se em estruturas semelhantes de Jerusalém. Cada cavaleiro fez um voto de pobreza e castidade e usava um um casaco branco com a cruz encarnada estampada. Ao longo dos anos, os Templários espalharam-se pela Europa, conquistando uma riqueza extraordinária ao longo do processo, ganhando também inúmeros inimigos poderosos! Por volta de 1300s, mediante acusações de heresia, a ordem foi suprimida. Contudo, em Portugal, os Templários emergiram novamente em 1320, reencarnando sob a forma da “Ordem de Cristo”, agora controlada pela Coroa. Foi graças à riqueza desta nova ordem que o príncipe Henrique, O Navegador, foi capaz de financiar as grandes viagens marítimas portuguesas, que se tornaram míticas. O símbolo de orgulho desta ordem – a Cruz de Cristo – tornou-se a bandeira distinta da grandiosa era dos Descobrimentos do país.
Mesmo no meio do rio Tejo fica o enigmático Castelo de Almourol, um dos monumentos mais emblemáticos da Reconquista Cristã.
Situa-se numa ilha e é um dos mais distintos castelos de Portugal, dada a sua importância histórica aliada à sua paisagem envolvente.
A sua história remonta aos tempos da reconquista do território português durante a Idade Média. Quando os Cristãos aqui chegaram, em 1129, o castelo já existia com e com o mesmo nome, tendo sido imediatamente incorporado na terra que se encontrava sob a proteção dos Templários (cujo Mestre na altura era Gualdim Pais). De acordo com uma inscrição que está na entrada do Castelo, a sua reconstrução iniciou-se em 1171.
Juntamente com os castelos de Tomar, Zêzere e Cardiga, formam uma parte da linha defensiva que se estende ao longo do rio Tejo.
Após a dissolução da Ordem dos Templários e o fim da necessidade de defender o território, o Castelo foi abandonado e caiu no esquecimento, até ter sido embalado pelo espírito Romântico do século XIX e restaurado, conseguindo a aparência atual.
O esplendor e extravagância da Arquitetura Gótica: A Janela em Rosácea de Igreja de Santo Agostinho da Graça em Santarém
Apesar de a sua construção só ter ficado concluída no século XV, a primeira pedra da Igreja da Nossa Senhora da Graça foi erigida por D. Afonso Telo de Menezes, o primeiro Conde de Ourém. Foi este que decidiu fundar um convento na cidade que obedecesse às regras da Ordem de Santo Agostinho. Este edifício trouxe para Santarém o esplendor e extravagância da Arquitetura Gótica, fazendo uso do estilo e inovações ao nível decorativo já usadas no Mosteiro da Batalha.
A fachada é um dos aspetos mais interessantes da igreja, marcada por um elegante pórtico de arquivoltas, que é sobreposto por um arco conopial, bastante comum neste estilo arquitetónico, e rodeado por uma moldura de decoração aprimorada que preenche todo o espaço do corpo central. Mesmo no topo fica uma rosácea que impressiona pela sua beleza intrincada, que se diz ter sido talhada numa só pedra, o que revela a extrema competência dos artistas.
Uma característica particular deste espaço trata-se do facto de não ser uniforme, relativamente ao exterior. Logo após se descer uns quantos degraus que levam até ao interior imenso é possível avistar as três naves que são marcadas por colunas enormes. O Santuário, que fica um pouco mais à frente, está coberto por ogivas em forma de cruz, adornadas por janelas altas que iluminam o altar. A iluminação acentua-se graças à janela em rosácea e a uma série de escotilhas que envolvem o corpo principal da igreja, revelando com exatidão a génese da Arquitetura Gótica.
A Diocese, que se tornou um museu, forma parte do complexo arquitetónico da Catedral de Santarém e do projeto nacional da “Rota das Catedrais”.
Situada na ala norte do antigo Colégio Jesuíta, construída sob as ruínas daquele que outrora foi um Paço Real, a coleção museológica conta com centenas de pinturas, esculturas e outros artefactos religiosos, que datam do século XIII ao XIX e pertencentes a mais de 111 paróquias da Diocese de Santarém; o que se alia ao inegável valor arquitetónico do edifício em si.
A localização do museu está, portanto, incluída numa série de importantes rotas de peregrinos de entre as quais o Caminho de Santiago, Fátima e a Eucaristia do Milagre de Santarém.