Lenda dos Azulejos Minho

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Este azulejo foi concebido pela filha do Patrick e da Simone, por saber o quanto adoram a conjugação do azul com o amarelo. Por esse motivo ambas as cores fazem parte da imagem de branding e design. De forma a homenagear a Maia, estes azulejos , também pintados à mão por uma artista da loja XVIII, foram instalados no centro multiusos Meraki. Pronunciado … “Mèhraki”, esta expressão significa literalmente a “essência de nós próprios”. A tradução atual representa um conceito que não pode ser traduzido só numa palavra, mas sim num objetivo digno, ou seja: ” fazer algo com a alma, com criatividade, gentileza, esforço e muito amor”. O Refúgio é um sonho de longa data, e agora estão com alma e criatividade para colocar algo de si mesmos, e mais ainda, no projeto do Refúgio da Quinta Nere Maitia (Basco para Nosso Amor). Todos os que representam o Refúgio demonstraram dedicação, agindo com meraki com todos os nossos visitantes.. Para além disso, o Patrick e a Simone estão gratos a todos os que trabalharam apaixonadamente na construção deste projeto, nos últimos 2 anos, artesãos, artistas, arquitetos, carpinteiros, engenheiros, jardineiros, trabalhadores, construtores e tantos outros criativos…

O norte do país é uma autêntica maravilha no que diz respeito aos parques naturais, vales e paisagens luxuriantes. É também possível avistar inúmeros vestígios arquitetónicos, alguns da época Romana, com destaque para as pontes; para além disto estes cenários são dignos de filmes e séries, pelo que são ideais para os amantes de paisagens belas, para visitar alguns dos melhores SPAs e complexos termais do país, degustar a maravilhosa gastronomia e o Vinho Verde, apreciar a arte e descobrir as antigas aldeias e vilas pitorescas, assim como as suas casas e jardins.
O principal símbolo de Ponte de Lima é a sua ponte, a qual juntamente com rio (Lima) forma o nome da cidade. Na verdade, a ponte é formada por duas partes: a medieval que é de maior dimensão (com início na margem esquerda do rio estendendo-se à Igreja de Santo António da Torre Velha e imediações, com o comprimento de mais dois arcos); e a parte romana que continua. Esta última parte, tem início no grande arco que se impõe sob um troço seco do rio. Ao descer as escadas, é possível observar a Torre Velha, possivelmente um dos primeiros sistemas defensivos mais antigos da era medieval. A Ponte Romana, estima-se que tenha sido erguida durante o século I, altura em que o exército romano alargou a sua rede de estradas na Península Ibérica, o troço “Conventus Bracaraugustanus”, que conectava Braga a Astorga através da Via XIX, inaugurada pelo Imperador Augusto. No que diz respeito à parte medieval da ponte, até aos reinados de D. Pedro I e D. Fernando (diretamente ligados à construção das muralhas e torres que fortificaram a cidade, concluídas em 1370) ou até D. Dinis, sabe-se definitivamente da existência da ponte e que, em 1504 esta foi alvo de uma expansão. Isto porque o monarca ordenou a renovação do pavimento desta assim como a colocação de instrumentos militares outrora utilizados em batalhas (e que por essa altura já não eram utilizados). Os 13 arcos de granito são o elemento que mais atenções desperta. Para fazer jus aos mesmos, a ponte é iluminada à noite tornando a vista ainda mais especial e romântica. A ponte está limitada ao acesso pedonal, ao passo que uma ponte mais recente, faz a ligação entre o rio e a estrada N201.

Parque de Fontelo

Ao dar um passeio que conjuga um espaço de lazer com o meio natural, numa terra com uma herança histórica encontra a alternativa perfeita para uns dias revigorantes em Viseu. A história deste espaço remonta a 1149 quando o Bispo de Viseu, D. Osório comprou a Herdade de Fontelo. O Bispo João Homem iniciou a construção de Palácio em 1399, que se prolongou mediante a ascensão ao poder dos bispos que lhe sucederam. Fontelo atingiu o seu máximo esplendor no século XVI, fruto da intervenção do Bispo D. Miguel da Silva, um poderoso dignitário da Igreja extremamente rico e um profundo amante do Renascimento. Assim se reuniram as condições para que o Palácio se tornasse numa das propriedades mais luxuosas e de estilo mais exótico em Portugal, fruto da prosperidade do clero no século XVI. Atualmente, ainda que de tamanho e esplendor mais reduzidos, o Parque de Fontelo é acessível a todos os que pretendam visitar, contrastando com o elitismo da época (em que apenas os mais ricos podiam aproveitar o espaço).

Igreja de Santo António de Mixões

A Igreja de Santo António de Mixões da Serra, em Terras do Bouro, foi inaugurada em 1952 e veio substituir uma capela que existia desde a primeira metade do século XVII. Foi erguida em homenagem a Santo António, protetor dos animais, e é nesta que se desenrola uma peregrinação única em todo o país: a Benção dos Animais.

O Vira

Os bailarinos integrantes do Rancho, dançam frequentemente o “Vira”, uma dança tradicional popular portuguesa que, apesar da origem minhota, é dançada e demonstrada em todo o país. Deste modo, o “Vira” pode ser considerado uma das mais importantes e emblemáticas danças do país. O ritmo é definido a cada três passos, o que se assemelha a uma valsa apesar de mais rápido, e os pares dançam frente a frente sem dar as mãos.
Algumas das danças mais populares são, para além do Vira, o Fandango e o Corridinho. Os ranchos surgiram devido à preservação da cultura popular que é passada ao longo de gerações, de modo a manter viva uma cultura que preza pela originalidade e especificidade de danças. Assim, os grupos folclóricos promovem esta arte centenária em eventos locais e festas anuais. As melodias que acompanham a dança são muitas vezes acompanhadas de cânticos e instrumentos de cordas (viola e cavaquinho), percussão (bombo), ferrinhos e acordeão.

A FILIGRANA… Os filamentos com alma portuguesa

A Filigrana é mais do que um ofício; é uma conjugação de luz e leveza. Cada peça é formada por filamentos e espaços vazios, nos quais a luz entra criando a combinação da escuridão aliada ao brilho, remontando assim a alguns dos mais míticos mistérios do mundo: vida e morte; o eterno e o transitório; a rede que nos envolve nas leis do Cosmos; uma teia de aranha que enreda as capacidades da mão humana; a mão que passou do uso de instrumentos arcaicos ao uso dos mais modernos para o enredar dos filamentos; aquela que é capaz de percecionar a essência dos materiais e retirar inspiração da alquimia dos sonhos que são transformados em conhecimento. Fazendo jus à sua origem ancestral, a Filigrana exprime-se enquanto linguagem criativa e arte tornando-se, assim, um símbolo nacional que abraça a alma Portuguesa. Passada de geração em geração, é um ofício familiar que é praticado em praticamente toda a região do Minho (Gondomar e Póvoa de Lanhoso são os maiores produtores) e apesar da falta de procedimentos registados a técnica é sublime. Tal como os mitos e lendas, a sua história é maioritariamente oral e contada ao longo de gerações. Os artesãos procederam à partilha dos segredos do ofício aos seus filhos, numa época em que o analfabetismo imperava, mas nem isso impediu a Filigrana de manter uma qualidade que, atualmente, é reconhecida internacionalmente. Muitas das vezes descrita como “a arte do ouro entrelaçado”, esta arte ancestral é composta por dois filamentos metálicos que se entrelaçam e formam símbolos da cultura de Portugal. A história do Coração de Viana: Originalmente concebido como a representação universal do amor de Deus, era inicialmente colocado no pescoço, perto do coração. Com o passar do tempo, a conotação religiosa foi perdendo força e influência, sendo que o coração passou a assumir-se como o derradeiro símbolo representativo do amor entre duas almas, pelo que se deu uma adaptação para diferentes adornos: brincos, anéis, pregadeiras, etc. As primeiras representações não eram as que, atualmente, se encontram nas lojas em filigrana delicada, mas sim em ouro batido mais ou menos trabalhado e decorado. Só depois se procedeu ao aprimorar da técnica o que permitiu a criação de joalharia tão particular e representativa do país- a Filigrana.

  A Minhota, também outrora chamada de Galega, é uma raça bovina portuguesa. Bastante numerosa em meados do século XIX, com mais de 65 000 cabeças de gado, constituía mais de metade do gado minhoto; no entanto sofreu um enorme decréscimo por volta de 1940, com apenas 9500 cabeças. A raça oficialmente reconhecida enquanto Galega em 1997, no entanto a recém-formada Associação Portuguesa dos Criadores de Bovinos da Raça Minhota expressou a sua oposição face a esse reconhecimento. Assim, em 2002, a raça assume o nome de Minhota, para fazer a distinção entre esta e a raça espanhola Rubia Gallega, presente na região da Galiza no norte de Espanha. Em 2007 o estatuto de conservação da raça foi listado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a mesma foi categorizada como “espécie não em risco”. Em 2016, os números apresentavam 13 000 cabeças, com 120 bois e mais de 7000 vacas em idade reprodutiva. Nesse mesmo ano, a raça encontrava-se distribuída pela zona de Entre-Douro-e-Minho, Viana do Castelo e Braga; abrangendo ainda zonas dos distritos do Porto e Vila Real, de entre as quais o Douro (Alto e Litoral) e Trás-os-Montes. Em 2021, o estado foi revisto pelo Sistema de Informação de Diversidade de Animais Domesticados, passando para a categoria “em risco”. A Minhota apresenta fortes semelhanças genéticas com o Ramo Grande dos Açores e poderá ter contribuído para o desenvolvimento da raça Arouquesa e Marinhoa, em Portugal e da Caracu do Brasil.

As distintas casas da região

No que concerne à arquitetura tradicional, a região caracteriza-se por uma presença duradoura e, por vezes, uma fusão harmoniosa de diversas influências arquitetónicas, oriundas da Beira, de Trás-os-Montes e do Douro Litoral. Tradicionalmente, o rés do chão tinha a função de adega e armazém, simultaneamente, no qual se guardavam os produtos agrícolas, ferramentas e a lenha; servia ainda de estábulo para o gado. A construção do primeiro andar variava, alternando entre o xisto e o granito, conforme a abundância de recursos existentes no subsolo e a situação económica do proprietário. Os blocos de granito, sobretudo o estimado “perpianho”, eram reservados às construções de elite. Independentemente da litologia local, as casas abastadas eram, predominantemente, de granito, muitas das vezes importado de terras vizinhas. As residências nobres ou burguesas, assim como algumas infraestruturas de caráter religioso, apresentavam cantarias de granito nos cunhais, caixilhos das portas e janelas; já a restante fachada podia ser decorada com reboco e cal. Nas regiões onde o xisto era mais abundante, as habitações mais modestas utilizavam exclusivamente este mineral, deixando-o à vista ou caiado. As técnicas de alvenaria incluíam a junção a seco ou a utilização de argamassa de barro ou cal, como material de ligação entre as pedras. As telhas, feitas de barro, continuam a ser utilizadas atualmente, Variedades como o canudo, também conhecido como meia-cana, mourisco ou português, são utilizadas há séculos. A paisagem arquitetónica do Alto Douro revela uma dicotomia, deveras, fascinante, de estruturas requintadas, baseadas na compartimentação, a par de exemplares mais simples e rústicos. Algumas estruturas exibem paredes exteriores inteiramente construídas em xisto e/ou granito, desprovidas de divisórias. A Quinta do Douro, caracterizada por um desenho geralmente simples e muito funcional, apresenta uma tonalidade caiada ou ocre. Engloba a residência do proprietário e as estruturas auxiliares de apoio às atividades produtivas- quartos dos caseiros, armazéns e os aposentos para os trabalhadores temporários, durante a época das vindimas. Muitas vezes, os armazéns e as adegas descem em cascata pela paisagem, utilizando a gravidade para auxiliar o processo de produção do vinho. A propriedade pode, ainda, albergar uma capela privada, invariavelmente o espaço que se encontra melhor cuidado. A residência do proprietário não possui um estilo arquitetónico padrão, pelo que varia consoante a capacidade financeira dos mesmos. Símbolo de prestígio, pode existir um jardim formal a adornar a propriedade, com elementos distintivos, com destaque para as palmeiras e os ciprestes. O nome da Quinta, que se destaca num cenário caiado de branco, chama frequentemente à atenção, sendo visível ao longe numa encosta ou integrado na fachada do edifício.

Ponte Medieval de Ponte da Barca

  É uma imagem de marca em Portugal! As paisagens verdes de montanha, as colinas e o rio Lima formam uma paisagem idílica de beleza inigualável. Foi nos séculos XII e XIII que muitos dos habitantes locais se mudaram da zona alta (e fortificada) para as zonas mais baixas e próximas do rio; e foi neste período que surgiu a cidade de Ponte da Barca. Inicialmente atravessada apenas por barco, tornou-se famosa (até aos dias de hoje) graças à construção da sua belíssima ponte medieval que permitiu estabelecer uma série de trocas comerciais com o transporte dos bens que por aí passavam. Foi construída durante a primeira metade do século XV e estende-se ao longo de 180 metros. É formada por 10 arcos, mas apenas 8 permanecem desde que foi construída no período medieval. Foi alvo de uma grande renovação durante os séculos XVIII e XIX. No centro encontram-se duas lápides: uma com a esfera armilar e outra com as armas. A sua arquitetura e estrutura seguem o modelo da, ainda mais famosa, Ponte de Ponte Lima. Antes da existência da ponte, a cidade chamava-se Barca (isto porque era apenas através do barco que era possível atravessar o rio).
O raro Cavalo Garrano, a palavra deriva do Gaélico gearran e diz respeito a um cavalo de pequeno porte da família Ibérica, a raça provém do Norte de Portugal e encontra-se em perigo. São cavalos que estão inseridos em cavalarias e quintas (nas quais desempenham funções leves). É um dos mais importantes herbívoros na medida em que, devido à sua pastagem nos campos, tem um papel chave na prevenção de incêndios rurais. É a raça equina mais antiga do norte da Península Ibérica e do sudoeste francês (sendo que aí é considerada semelhante ao cavalo Celta). Apesar de ser uma raça ancestral, o Garrano permaneceu sem qualquer mutação genética por milhares de anos, no entanto, tem estado em declínio devido a predadores (matilhas de lobos) e à perda de interesse no seu uso para atividades agrícolas (o que levou ao cruzamento destes com outras raças e que, posteriormente se destinam para a indústria da carne). Devido à sua estatura e tamanho é, muitas vezes, considerado um pónei. Segundo a tradição, os cavalos são levados para as montanhas onde vivem (sem ser domesticados) e se reproduzem. Alguns grupos são completamente selvagens, vivendo em reservas naturais, completamente isolados da vida humana. Quando domesticados, os Garranos são obedientes, robustos e demonstram uma inteligência e espírito de orientação notáveis; de tal modo que, atualmente, são um forte aliado no turismo equestre da zona onde se inserem.
No Bom Jesus é possível visitar uma série de grutas, mas há uma em particular perto do lago que é de visita obrigatória. Trata-se de uma gruta artificial de aglomerados de pedra, construída no início do século XX, cujo projeto foi levado a cabo por Ernest Korrodi (também desenhou outras partes do Bom Jesus). A obra iniciou-se em 1902 e foi executada por José Martins Branco, do Porto. É uma gruta cuja melancolia e sossego contrasta com a grandiosa lagoa, repleta de plantas, estalactites e água que flui criando belíssimos efeitos com a luz solar que irradia e, a certas horas do dia, faz com que este se assemelhe a um vulcão em erupção. Foi inaugurado no ano seguinte, em agosto, e localiza-se acima da igreja num espaço amplo e ajardinado, repleto de tufos de relva e com uma pérgola octogonal de estrutura em cortiça ao seu redor: um espaço de beleza inigualável!

O Traje de Lavradeira ou Traje do Minho

Este vestido tradicional é ainda hoje usado, quer pelas mais idosas, ou pelas mais jovens: a lavradeira. A versão encarnada é considerada a “feliz” e é usada pelas mulheres mais jovens. As versões azuis e verdes são usadas em momentos que sucedem o luto ou, qualquer outra tristeza (ausência de algum ente querido) pelas mulheres mais velhas. A camada base é uma camisa de linho com flores azuis bordadas em linha de cetim na frente, ombros e punhos. Há também uma faixa de elástico no topo da manga. O avental é feito à mão e de lã grossa, e o design consegue-se através do puxão de pequenos troços de linha para fora, de modo que a estampa se destaque do fundo. É duplamente forrado, tal como a saia. Tradicionalmente, os motivos eram simplesmente geométricos (sendo hoje em dia representados apenas nos fatos domingueiros), até que, em 1918, o pintor nativo José de Brito Sobrinho começou a elaborar motivos mais complexos para os aventais que a sua esposa tecia. Estes designs, especialmente os florais assumiram-se parte da tradição local, especialmente na vila de Santa Marta de Portuzelo. O fato tem ainda uma bolsa independente que é usada com o fato, a algibeira, bordada em forma de coração. Apesar de decorativa é útil para guardar chaves, porta-moedas, lenços, etc. É muitas vezes oferecida como recordação típica de quem visita Portugal. Na cabeça usa-se um lenço, sobretudo pelas mulheres mais jovens. Nos ombros é colocado um xaile semelhante ao lenço, no entanto apenas é colocado no fato de Lavradeira (e não no Domingueiro). Estes são de diversas cores, mas de padrão muito parecido. As chinelas são de tira (apenas à frente) e de salto raso, no entanto há vezes em que a deslocação é feita descalça. Existem ainda perneiras, para manter as pernas quentes, sobretudo quando as chinelas não são calçadas. Claro que o fato de Lavradeira não fica completo sem uma abundância de adornos e joalharia em ouro, e quanto mais melhor!

Sé de Braga

  A primeira catedral, mais velha do que Portugal. A Sé de Braga (ou Catedral de Braga) foi a primeira catedral portuguesa, erigida algumas décadas antes da fundação do país. A sua construção iniciou-se em finais do século XI e foi dedicada à Virgem Maria pela ordem do Bispo Pedro numa sessão solene a 28 de agosto de 1089. Competindo pelo poder com a Catedral de Santiago de Compostela, foi a joia da cidade de D. Henrique e D. Teresa, pais do primeiro Rei de Portugal, que foram enterrados na Capela dos Reis. Também é conhecida pela Catedral de Santa Maria de Braga e tem um espólio de arte com mais de 900 anos de história. A Porta do Sol, o pórtico principal, o átrio e o Claustro de Santo Amaro são exemplos da preservação do estilo romano arquitetónico. Os arquitetos eram prelados dos Mosteiros de Cluny (França), São Gerardo e Brudino. A entrada construída no século XV seguiu o estilo gótico; é possível avistar o túmulo (gótico-flamenco) do Infante D. Henrique, filho do rei João I e da rainha D. Filipa de Lencastre. No século seguinte, aquando do reinado de D. Manuel, foram introduzidos outros elementos decorativos, dos quais a Fonte do Batismo (fora da capela principal) e um nicho com a estátua da Nossa Senhora do Leite, atribuída a Nicolau Chanterenne, a qual integra o corpo de armas da cidade. O estilo Barroco foi também utilizado, sobretudo no interior da mesma, na decoração dos altares com trabalhos intrincados da madeira, no pedestal do Coro Superior e nos monumentais órgãos da Capela principal, assim como nas duas torres de sinos que tornam a fachada exterior tão distinta.

Santuário do Bom Jesus do Monte em Braga

Localizado nas colinas do Monte Espinho, com vista para a cidade de Braga, o Santuário remete para Jerusalém cristã, recriando um monte sagrado encimado por uma igreja. O Santuário foi construído e alvo de manutenção durante mais de 600 anos; com um estilo, na sua maioria, barroco que espelha a tradição europeia com a criação do Sacri Monti (montanha sagrada), promovido pela Igreja Católica no Concílio de Trento no século XVI, reactivamente em relação à Reforma Protestante. O Bom Jesus está inserido numa Via Crucis, via esta que segue até zona oeste da colina. Inclui uma série de capelas que possuem esculturas que evocam a Paixão de Cristão, assim como fontes, esculturas alegóricas e jardins. A Via Crucis culmina na Igreja, construída entre 1784 e 1811. Os edifícios de granito contam com contraplacado de modo a proteger a pedra cuidadosamente trabalhada. A Escadaria dos Cinco Sentidos, repleta de muros, degraus, fontes, estátuas e outros elementos ornamentais, é onde o Barroco assume a maior expressão. Esta escadaria é de uma beleza inigualável, graças à envolvência luxuriante das plantas e de uma vista sobre o monte de cortar a respiração.
O Santuário de Santa Luzia, é uma das atrações principais de Viana do Castelo e localiza-se em zona florestal de eucaliptos no alto de Santa Luzia (228 m). A nível arquitetónico, é de inspiração Romano-Bizantina, enquadrado na arquitetura revivalista que marcaram o virar do século. O plano de construção da Basílica era de origem grega, mas teve também influência Bizantina. A Basílica foi dedicada a Santa Luzia, Padroeira e ao Sagrado Coração de Jesus, a sua construção teve início em 1904 e prolongou-se até 1959. Contou com a orientação do arquiteto Miguel Ventura Terra, ao qual sucedeu Miguel Nogueira em 1919 (após a morte do primeiro). As janelas de rosa são as maiores da Península Ibérica e as segundas maiores da Europa, também é de destacar o telhado que é decorado com pinturas, cujo acesso é feito através do rés do chão do Museu no qual se encontra um elevador que leva até uma escadaria estreita ao topo. Os Vianenses sobem ao cimo sempre no domingo mais próximo das celebrações do Sagrado Coração de Jesus. O acesso ao Monte de Santa Luzia é feito através de um funicular ou através da escadaria. Neste local é possível observar o vale do rio Lima, praticamente, no seu todo, e uma grande parte da costa norte a sul do estuário, assim como a imensidão verde de montanha. Esta vista panorâmica foi reconhecida pela terceira mais bonita do Mundo, pela Revista National Geographic.

Chafariz do Terreiro- Caminha

  Construído entre 1551 e 1553 pelo experiente mestre João Lopes, o Velho, é um chafariz renascentista assente numa plataforma circular e envolvida por uma balaustrada de ferro. O tanque, também redondo, tem uma coluna de pedra entalhada e um sistema piramidal no qual duas taças se sobrepõem. Inicialmente localizava-se na zona norte do Terreiro, mas após a Revolução Liberal, os Paços do Concelho ordenaram a demolição da praça na qual o chafariz se encontrava e este foi movido para onde se encontra hoje em dia, tendo sofrido algumas alterações. O estilo renascentista é bem visível nas linhas clássicas e elementos decorativos, dando destaque aos frisos. Assim, esta é uma das mais importantes fontes do norte de Portugal e da Galiza.

Ponte Velha de Arcos Valdevez

  A Ponte Velha de Arcos de Valdevez (grande ponto de interesse turístico e local escolhido por inúmeros fotógrafos que captam a sua beleza), data de 1890 e é composta por 4 arcos, os quais substituem a antiga ponte medieval e que deram origem ao topónimo Arcos do Val do Vez, que deu origem ao nome Arcos de Valdevez.