Terra do cavalo, boa gastronomia, vinhos e aventura
O Ribatejo fica a noroeste da região do Alentejo e é atravessado pelo rio Tejo, mesmo a norte de Lisboa. É um lugar incrível de se explorar, com cidades ancestrais, grandes eventos e uma das melhores gastronomias portuguesas. Oficialmente definido como província em 1936, o Ribatejo é composto por terras férteis e ricas em agricultura, dispostas em diversas quintas espalhadas pelo vale do Tejo. É também a terra dos cavalos, com inúmeras herdades e feiras equestres. O Ribatejo cobre uma área de mais de 640 km2 e é um dos epicentros agrícolas do país.
Por ser tão fértil possui uma série de diferentes plantações: uvas, milho, arroz, trigo, tomate, açúcar, beterraba, melão e azeitona. O “Melão Branco” do Ribatejo é um autêntico ícone, de tamanho médio é deveras doce e fragrante quando amadurece; é fácil de encontrar, sendo comercializado sobretudo em bancas à beira da estrada durante a sua época. A gastronomia conta com as enguias, que se servem estufadas ou fritas, as açordas e a famosa Sopa de Pedra.
O Ribatejo, para além das paisagens dignas de um postal, conta ainda com a Reserva Natural do estuário do Tejo, que é possível explorar. Estes terrenos pantanosos são uma das paragens das aves migratórias durante a sua viagem entre África e o Norte da Europa.
Alguns dos melhores vinhos de mesa de Portugal, sobretudo os brancos, são produzidos no Ribatejo. As vinhas são irrigadas pelo Tejo, pelo que as uvas produzidas são de excelente qualidade, que se reflete no produto final. Existe uma série de vinhos locais, sendo de destacar os de: Almeirim, Santarém, Chamusca e Coruche; os vinhos do Cartaxo são dos mais apreciados. A Cooperativa de Vinhos do Cartaxo venceu já 176 prémios nacionais e internacionais; para além disto, realiza-se anualmente a Festa do Vinho do Cartaxo.
Nas Lezírias (do Árabe al-Jazira ou “da ilha”), que se caracterizam pelas terras férteis ao longo das margens do rio Tejo, as plantações desenvolvem-se e os cavalos pastam livremente. São a casa dos belos cavalos Lusitanos. São nativos do país e esta raça caracteriza-se por ser corajosa, sendo utilizada para lidar com touros e em tempos de guerra. São animais majestosos e inteligentes, pelo que conquistaram um lugar de destaque no Dressage.
As margens do rio são o habitat natural dos equinos e do gado, por toda a região e as Lezírias são o lar escolhido pelos Campinos, que têm um enorme orgulho nelas. A Feira do Cavalo da Golegã acontece todos os anos em novembro e é o lugar ideal para apreciar a beleza dos Cavalos Lusitanos e dos Cavalos de Alter.
Santarém fica a uma curta distância de Lisboa, e acima do Tejo. A cidade é conhecida pela Capital do Gótico, dada a abundante presença de edifícios com este estilo arquitetónico; destaca-se também pelas suas praças verdes, parques e vista sublime.
Para além dos monumentos, Santarém destaca-se também pela sua gastronomia, de tal modo que é o palco do Festival Nacional de Gastronomia que se realiza anualmente, desde 1981. Assim, todos os outonos, Santarém recebe alguns dos melhores restaurantes, pastelarias e produtores do país, sendo possível provar especialidades tradicionais de cada região.
A Golegã é a capital nacional do cavalo e desde o século XVIII que a Feira da Golegã, também chamada de Feira de São Martinho, é a Feira Nacional do Cavalo em Portugal. É lá que se avistam alguns dos melhores exemplares de puros-sangue, ao mesmo tempo que se degustam algumas das melhores iguarias gastronómicas e vinhos do país, sem esquecer as castanhas assadas típicas nesta altura do ano.
A Chamusca é uma pitoresca cidade agrícola localizada nas margens do Tejo, que se avista nos miradouros da Senhora do Pranto e Senhor do Bonfim.
Almeirim fica no meio das vinhas e montados de sobreiro, e é a “capital da Sopa de Pedra”, cuja receita perdura ao longo de gerações e atrai imensos curiosos até à cidade.
Coruche é uma cidade movimentada ao longo do Rio Sorraia, envolta em arrozais, e com imensos restaurantes de excelente qualidade virados para o rio. É também um dos maiores produtores de cortiça em Portugal. Ao atravessar a Ponte da Corôa, é possível avistar as igrejas do século XVII.
Em Alpiarça, há que fazer uma visita à Casa dos Patudos, a casa-museu mandada construir por José Relvas (1858-1929), um diplomata que foi parte integrante na Implantação da República em 1910.
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Por fim, só nos resta desejar uma incrível estadia no Refúgio da Quinta Nere Maitia Lda.